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Archive for the ‘Outros’ Category

Teias da Saudade

Hoje vim-me encontrar Contigo,

Vim a Tua casa, mesmo sabendo que já cá não estás.

Voltei ao lugar de infância, às bonecas e aos livros dos primeiros rabiscos,

Voltei ao lugar onde brincámos na vida real de ser feliz.

Hoje procurei por Ti por entre as teias de aranha que embelezam as portas,

Procurei por Ti na mala dos brinquedos, nas gavetas fechadas, nas fotografias a preto e branco.

Procurei por Ti por entre as rachadelas da madeira dos móveis, o teu cheiro na roupa que não estava, no roupeiro vazio.

Procurei a Tua presença no lugar de sempre coberto pelo pó, no qual me sentei esperando, como em tantos outros dias, ouvir o assobio da tua chegada.

E chegaste escorregando-me em lágrimas pela face,

Chegaste com a tua presença tão Tua, ouço os teus passos pelas tábuas que fazem ranger o corredor, e vens, segurando contigo a minha mão de criança.

Vejo-vos aos dois, como se os anos não tivessem passado,

Como se o passado não se contasse pelos anos.

Ouço as vossas conversas a dar Vida à casa vazia,

Retenho no coração as palavras que foram dando vida à minha Vida,

Tu e Eu sentaram-se ao meu Lado e nos vossos Olhos vi o brilho do Amor e da Admiração, vi a leveza com que misturavam a dele e a tua vida, conteúdos sem idade, sem que os anos que vos separavam, separassem na realidade.

O passado o presente, o Tempo das Gentes, o rumo a seguir, para dar o próximo passo em frente. Pessoas de outro tempo, fora do seu Tempo, contando para a Gente, histórias de antigamente.

E hoje vim-te ver, hoje aqui “partida”, numa pausa da Vida, tinha todo o Tempo para Ti.

Hoje, hoje, meu velhinho, senta-te aqui comigo por um bocadinho, que eu vim para te ver.

Olha para mim, abraça-me, agarra-me de novo a Mão, dá-me força ao Coração e conversa comigo, ajuda-me a juntar os pedaços, a arregaçar os braços, a acelerar o passo… …guardo as fotografias, fecho as gavetas, bato a Porta e volto a guardar-te Comigo.

Fazes-me Falta!

Teias da Saudade

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Cheguei… Cheguei apenas na Metade do que Sou!
E até já falei com os meus vizinhos, já me meti com uma criança na rua, espalhei “bons dias” pelos desconhecidos e abracei os Amigos…
Mas… não me completei!!!
O meu corpo já trabalha, já se envolve, lentamente, no frio de uma rotina, na chuva do trabalho, no nevoeiro das notícias que absorvem e deprimem…
Mas… mas a minha mente, essa continua por LÁ, esvoaça com este pó vermelho da terra, confunde-se com as cores do pôr do sol e envolve-se com as gentes recebendo em moeda de troca, Sorrisos & Abraços.
Está-me a custa TANTO voltar…
Está-me a custar deixar de “sentir”… para raciocinar, pensar, deduzir, prever… precaver…
Está-me a custar deixar de Voar, de Escrever, de Ajudar, de ABRAÇAR….
Está-me a custar trabalhar, falar, dormir…
Está-me a custar deixar de ser útil e pessoa, para ser máquina funcional…
Está-me a custar ter Horas, relógios, Dias, despertadores, telefones, agendas, números e marcações…
Está-me a custar deixar o PÓ assentar…
África marcou-me, não apenas nas marcas do corpo,
…não apenas no bronze da pele, que escondo do frio… marcou-me a ALMA…
Talvez faça Essa Tatuagem.
Talvez escreva Esse Livro,
Talvez TE vá buscar…
Talvez ME recupere… …sentimental(MENTE)

Guiné Bissau

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Vilamoura e Fuseta

Aproveitei este fim-de-semana para mais um pequeno passeio. Tirei a 6ª feira e rumei na véspera para o Algarve (Vila Real de Santo António) numa viagem muito cansativa de comboio (Entroncamento 17h – Lisboa – Faro – VRSA 23h).

De manhã, o sol ainda me deixou estar um pouco na praia, mas à tarde apareceu a chuva e aproveitamos para um passeio por algumas terras algarvias.  Vilamoura, Quarteira, Quinta do Lago e Fuseta (infelizmente não houve tempo para ir à ilha da Fuseta nem à Ilha de Tavira).

Fuseta é uma pequena terrinha piscatória muito engraçada. Os seus barquinhos de pescadores nada têm a ver com os grandes iates atracados na marina de Vilamoura, mas ambas as terras algarvias, por motivos diferentes, merecem uma visita.

Em Vilamoura encontrei o iate “Menage a trois“, e na Fuseta, o barquinho sportinguista “Vamos vivendo” 🙂

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Na borga com o Borga

Há “estrelas” que não contava ver actuar, muito menos, a partir da fila da frente, e este concerto comemorativo dos 10 anos do Padre Borga é bem o exemplo.

Convite especial e a simpatia do próprio e da sobrinha (colega de curso) que me acolheu fazem-me estar aqui!

E sem meias medidas, daqui a pouco lá cantarei a única música que conheço. (Promiscuidades à parte!!):

“Põe a mão na mão do teu Senhor….” 🙂

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SobreFACEvente

HAGIA continua a conseguir “sobreviver” SEM o facebook.foxlife,os “gordos”,blogs, mails com anexos, ryanair e outros sites…

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É uma sensaçáo estranha ver as minhas coisas encaixotadas… É o tamanho do meu materialismo ou das minhas necessidades?
Bem,a verdade é que a maioria sáo coisitas e papel.muito papel!
As tralhas sáo o tamanho das minhas recordacoes e do conhecimento que nào quero esquecer…

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Art. 91º

E a frase do dia foi:

“Ó Doutora, tem que lá ir ver as mamas da minha namorada, porque agora como é que ela faz com o leite?”

…isto dito por um puto de 15 anos. Contive a língua porque ia sair resposta parva para aquele projecto de gente em crescimento… que já é “pai”.

Mas passo a contar…

Se há coisa que mais me custa no meu trabalho, é quando tenho que fazer uma retirada de um bebé.

Mas embora o momento seja delicado e ao mesmo tempo cheio de adrenalina, há coisas que me mexem com os nervos.

Uma delas é o “histerismo” da mãe que procura fazer-se ouvir por toda a vizinhança (e às vezes na cidade do lado), com um discurso de insultos e falsas promessas de coisas que, até aquele momento não tinha cumprido e a ameaça de ir “contar tudo à televisão”, como se Júlia Pinheiro, Manuel Luís Goucha, programas da manhã e da tarde lhe auferissem um certificado de boas competências parentais.

Blá, blá, blá… …Eu é que sou a mãe dela!!!”

Eis o velho argumento da maternidade a (procurar) conceder um titulo de propriedade genética. Gene esse que, por seu lado, foi concedido o bebé para chorar quando tem fome pois valha-nos a natureza, do leite materno ainda lhe sair sem grandes trabalhos e sem a fazer perder o episódio dos morangos com açúcar!

O pai (ainda 14 anos quando a criança nasceu), agarrou o bebé ao colo de um modo desajeitado. Aliviei pois sabia que aquela “casa” (sala kichenet, quarto e wc, pelo qual pagavam 350 euros) não tinha janelas. Aliviei pois o bebé desta vez estava vestido (palavra esta com significado diferente de “agasalhado“).

Entrei com uma colega, que sustinha a respiração pois o cheiro de humidade misturado com imundice era intragável. A decoração da mesa da sala não é das que costuma vir nas revistas de decoração, garrafas de álcool, beatas de cigarro e latas de conserva conviviam sem regras com um sapato perdido, um prato ressequido de  comida, um corta-unhas e um baralho de cartas e mais algumas coisas cobertas por peças de roupa que devem ter voado.

Também foi num voo que a mãe agarrou o filho e se meteu a um canto da sala, abanando a criança sem, de certo, sentir o (meu) medo da cabecita, bater nas paredes.

Sem asas (que não é de um “anjo” ouvir a conjunção verbal de vários insultos) e sem aulas de aviação, mas com os cuidados de um paraquedista, pé ante pé, fui procurando um espacinho para ir pondo o meu 37, o que não foi fácil… eram cobertores, cabelos, roupa, muita roupa no chão, conservas, cabelos, restos de comida, restos dos pacotes de comida e cabelos.

Dos 5 policias, apenas 2 entraram atrás de mim e desses 2, apenas 1 se aproximou para ajudar a tirar o bebé, deitando já a mão ao frasquinho de gás. Já na rua, pareciam completamente colados ao chão… as forças da autoridade estavam sem força, até para abrir a porta de um dos carros.

Uma familiar que nesse instante passava por ali decidiu ser prestável e, com a ligeireza de quem encomenda meio kg de carne à porta do talho, atirou umas postas de pescada e disse que o bebé até podia ficar na sua casa.

Ainda estava eu de volta do puzzle “pôr o cinto à volta da cadeirinha”, ouvi a mãe despedir-se

Se ela chorar não lhe batam… não lhe batam!!”

… não, não chorou e foi todo o caminho a rir e a palrar!!

Art.º 91 – Procedimentos de urgência – Lei de Promoção e Protecção.

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Natal

Um dos grandes clichés… é o SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA (ou será o superior interesse dos adultos…??)

Passo-me dos carretos na época do Natal, quando as pessoas me perguntam

“Não tem lá um menino para passar o Natal e para brincar com o meu filho?

“O seu filho não tem brinquedos????

Juro-vos que me apetece ser o mais mal educada possível e responder-lhes… mas já sei que tenho que respirar 2 ou 3 vezes, antes de responder a esta e outras perguntas idiotas.

Sim, sim…que nem o mágico que tira coelhos da cartola, também há criancinhas que saem do saco do Pai Natal para serem distribuídas e depois do Natal, voltam de novo para o saco, para ficarem invisíveis e silenciosas.

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Smile or Die

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Men_z_aço

O fim-de-semana com os meninos foi fantástico!!

A casa encheu-se de sorrisos de miúdos. Eu adorei e graças à mãozinha das amigas du nuert, eles deixaram & levaram sorrisos – e experiências que ninguém acreditou:

Sofia, o *** disse que tinha tocado numa cobra piton. Ve lá tu do que ele se lembrou. Não tocou pois não??? 🙂   🙂

Sofia, a *** disse que tinha feito a sobremesa e 2 pizzas sozinha,não fez pois não?? 🙂  🙂

De manhã, enquanto estava a ajudar a vestir o piolho (que não parava de dar saltinhos na cama):

– Olha, não quero cinto. Não me ponhas o cinto, pode ser?

– Mas… não queres porquê?? As calças estão grandes, vão-te cair…

– É para se ver os meus boxers e assim pareço um menzaço!!!

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